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Resumo- Anatomia Buco-Maxilo-Facial

Para o acadêmico de Odontologia, tanto quanto aos formados e já cirurgiões-dentistas, se faz necessário o aprendizado de toda a anatomia relacionada à face. Para isso, existem pontos importantes para o ensino sobre anatomia bucal.

  1. Nomenclatura dos Dentes: A arcada dentária pode ser dividida em superior e inferior, estando a superior no osso maxilar e a inferior na mandíbula. Cada arcada é dividida em hemiarcos ou quadrantes direito/esquerdo. A identificação destas arcadas é feita didaticamente por meio de números 1,2,3,4 (dentes permanentes) e 5,6,7,8 (dentição decídua)
    1. Os dentes incisivos centrais, incisivos laterais e caninos são os dentes anteriores e a eles são atribuídos os números 1,2,3. Os pré-molares e molares são dentes posteriores e são atribuídos os números 4,5,6,7,8 (1º pré molar ao 3º molar)
  • FACES DOS DENTES
    • O elemento dental é dividido em: coroa e raiz, o limite divisório entre eles é observado por uma linha contínua que se estende por todos os lados dos dentes, chamada de linha do colo anatômico, que corresponde a região cervical do dente. 
      • Faces Livres: (vestibular, lingual ou palatina): vestibular é a face do dente voltada à bochecha e labios, e lingual ou palatina é a face voltada para língua ou palato. 
      • Faces Proximais: (mesial e distal) face mesial está voltada para o plano sagital médio e a face distal está ao lado da face mesial do dente subsequente. 
      • Face Oclusal: é a face dos dentes posteriores voltados para o arco antagonista (dente visto de cima para baixo) 
      • Borda Incisal: Encontro das faces vestibulares e linguais
  • CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS DENTES
    • As faces mesiais são sempre maiores nos dois sentidos e mais planas que as faces distais
    • As faces vestibulares são geralmente mais altas que as faces linguais, com exceção do 1º molar superior, onde a face lingual o palatina se apresenta mais larga que a vestibular
    • O ângulo formado entre a coroa e a raiz é sempre mais agudo nas faces distais. 
    • Na vista oclusal, as faces vestibulares e linguais convergem para a distal. Na mesma vista, a face proximal converge para a lingual. 
  • ESTRUTURA ANATÔMICA COMUM AO DENTE
    • Linha do Colo: é uma linha contínua e sinuosa que divide o dente em coroa e raiz, é côncava nas faces livres e convexa nas faces proximais. 
    • Bordas: São segmentos de reta que delimitam a transição entre faces dentais, levando o nome da face que delimita. 
    • Bossas: São elevações ou saliências de esmalte que sobressaem nas faces dentais (parte mais protuberante do dente): bossa vestibular, bossa mesial, bossa distal. 
    • Linha Equatorial: é a linha de maior contorno da coroa dental (é a resultante da união de todas as bossas) 
    • Cristas Marginais: São saliências de esmalte de configuração cilindróide, localizam-se nas porções proximais da face lingual, e a resultante das cristas dão formato ao cíngulo. 
  • ESTRUTURAS ANATÔMICAS DOS DENTES ANTERIORES
    • Cíngulo: É uma saliência de esmalte no terço cervical da face lingual. 
    • Fossa Lingual: Depressão da face lingual delimitada pela borda incisal, cristas marginais e cíngulo
    • Forame Cego: É uma depressão puntiforme formado pela falta de coalescência do esmalte.
    • Sulcos de Desenvolvimento: São depressões lineares, paralelas ao longo eixo do dente, localizados na face vestibular dos dentes anteriores. 
    • Lóbulos de Desenvolvimento: São segmentos da face vestibular delimitados pelo sulco, entalham as bordas incisais e ocorre a criação de mamelos incisais. 
    • Crista Mediana: É uma elevação do esmalte presente na face lingual dos caninos, é mais volumosa junto à cúspide canina e vai perdendo volume no sentido do cíngulo. 
    • Borda Incisal: É o encontro da face vestibular com a face lingual. 
  • ESTRUTURAS ANATÔMICAS EXCLUSIVAS DOS DENTES POSTERIORES
    • Cúspides: São estruturas piramidais, apresenta a nomenclatura da face a qual apresenta maior proximidade. Cada cúspide pode ser comparada à uma pirâmide. O ápice da cúspide é arredondado e sofre desgaste ao longo do tempo. 
    • Vertente: são as faces das cúspides, cada cúspide apresenta duas vertentes internas ou triturantes, que estão situadas no interior da face oclusal anatômica, e duas vertentes externas ou lisas, que estão situadas nas faces vestibulares e linguais. 
    • Arestas: São segmentos de reta formados pela união de vertentes de uma mesma cúspide, podem ser denominadas de arestas transversais, quando separam duas vertentes ao eixo médio-distal da coroa, e arestas longitudinais quando separam vertentes internas e externas paralelo ao eixo mésio-distal. 
    • Sulcos Principais: São depressões que separam as cúspides. Os sulcos principais mésio-distais separam as cúspides vestibulares das linguais, enquanto o ocluso-vestibular e ocluso-lingual separam cúspides vestibulares ou linguais. 
    • Sulcos Secundários: São depressões que entalham as vertentes das cúspides, com trajeto curvilíneo em relação à aresta transversal. São mais profundos e estreitos próximo ao sulco principal mésio-distal.Facilitam o escoamento de alimentos e o deslise das cúspides durante a mastigação. 
    • Crista Oblíqua ou Ponte de Esmalte: A ponte de esmalte é uma saliência de esmalte que une as cúspides disto-vestibular e mésio-lingual no primeiro molar superior. É considerado um reforço da coroa dental.
    • Fossa Central: Depressão na porção central da superfície oclusal do molar. Corresponde ao encontro dos sulcos principais mésio-distal, ocluso-vestibular e ocluso-lingual. 
    • Fóssula: Depressão rasa e de formato piramidal presente na superfície oclusal dos dentes posteriores
    • Fosseta: Depressão em forma de ponta localizada nas faces vestibulares e linguais dos molares. 


LIVRO ANATOMIA BUCO-MAXILO-FACIAL 
LINK: https://drive.google.com/open?id=0ByPZNf7QWzqVdmQ1NEExVUx5TXM



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